Entre os filmes exibidos estava “A Fábrica” (PR), de Aly Muritiba. Com várias cadeiras vazias, muita gente deixou de conhecer bons trabalhos.
A penúltima noite do Cine PE Festival do Audiovisual, nesta terça-feira (1°), contou com três produções pernambucanas nas mostras competitivas, sendo um curta e dois longas-metragens. No entanto, várias cadeiras do Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, em Olinda, ficaram vazias e muita gente deixou de conhecer bons trabalhos conterrâneos.
A animação stop-motion “Dia Estrelado” (PE), com roteiro e direção de Nara Normande, abriu a programação dos curtas. O ambiente inóspito do Sertão e seus personagens lutando pela sobrevivência foram retratados com a mais pura técnica da massa de modelar. “Foram quatro anos de produção intensa para fazer o filme”, contou Nara. A película ganhou a menção honrosa de melhor curta brasileiro no Janela Internacional de Cinema do Recife, em 2011.
Depois foi exibido “A Fábrica” (PR), de Aly Muritiba, que brincou com o fato de a plateia do festival não estar cheia como de costume. “A gente diz que o Cine PE é como se fosse o Maracanã, mas pena que hoje ele não esteja lotado”, disparou. A ficção mostra um prisioneiro que convence a mãe a arriscar a própria segurança para entrar com um celular dentro do presídio, pois ele precisa ligar para a filha que está fazendo aniversário. Pelo menos algum expectador deve ter repensado seus preconceitos. No Festival de Cinema de Triunfo (PE), ano passado, ganhou na categoria melhor curta-metragem para reflexão.
O divertido “Sonhando Passarinhos” (DF), de Bruna Carolli, fechou a sessão de curtas, mostrando uma menina que sonha em ter passarinhos iguais ao de uma vizinha. Na verdade, o que ela via eram pregadores de roupas, mas isso a torna mesmo feliz.
Antes da Mostra Competitiva de Longas, o ator recifense Aramis Trindade comentou a boa fase do cinema no estado. “Sempre fomos pioneiros, apesar dos intervalos produtivos. Hoje, vejo que essa galera está criando em um ritmo veloz, acompanhando a dimensão subjetiva na qual eles vivem. E é sempre muito bom trabalhar com amigos, gente que nós admiramos artística e afetivamente”, falou.
O artista ainda lembrou que começou a fazer cinema em 1986. Onze anos depois, atuou em “Baile Perfumado”, filme dos nordestinos Paulo Caldas e Lírio Ferreira, quando ficou conhecido em todo o Brasil. Aramis participa de cinco filmes com estreias em 2012, sendo um deles do pernambucano Breno Silveira, “Gonzaga de pai pra filho”.
Longas
O intervalo terminou com o início de “Na Quadrada das Águas Perdidas” (PE), de Wagner Miranda e Marcos Carvalho. A ficção acompanha o desafio de um catingueiro em adaptar-se à Caatinga para sobreviver, alternando momentos de luta e harmonia. Já foi exibido no Cine Ceará, ano passado, assim como no Festival de Triunfo, onde levou melhor fotografia, trilha e longa nacional.
Sem diálogo algum, o longa-metragem explora a riqueza visual do bioma e a trilha sonora, composta por músicas instrumentais de Geraldo Azevedo, do cantor e compositor Elomar e do grupo Matingueiros, do qual Wagner faz parte. Ele é músico e esta foi sua primeira experiência com cinema.
O título do filme é emprestado de uma música de Elomar, gravada em um álbum lançado no ano de 1979. “O filme é inspirado no universo cantado por Elomar”, disse Wagner. O diretor também falou que fez questão do filme ser 100% pernambucano, desde os câmeras ao tratamento final. A locação foi em Petrolina, no Sertão do estado. No entanto, o protagonista é o ator paulista Matheus Nachtergaele. “Infelizmente, a gente sabe que ainda é preciso pegar gente de fora para dar um destaque maior ao filme”, explicou.
Fechando a sessão, “Estradeiros” (PE), de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira, que ganhou na categoria melhor filme na Semana dos Realizadores de 2011, no Rio de Janeiro. O documentário retrata a vida dos nômades modernos, gente que cai na estrada e opta por um estilo alternativo de vida. O road movie acompanha personagens que vivem foram dos padrões convencionais em cidades do Brasil e América Latina.
Fonte: http://www.faxaju.com.br/
Depois foi exibido “A Fábrica” (PR), de Aly Muritiba, que brincou com o fato de a plateia do festival não estar cheia como de costume. “A gente diz que o Cine PE é como se fosse o Maracanã, mas pena que hoje ele não esteja lotado”, disparou. A ficção mostra um prisioneiro que convence a mãe a arriscar a própria segurança para entrar com um celular dentro do presídio, pois ele precisa ligar para a filha que está fazendo aniversário. Pelo menos algum expectador deve ter repensado seus preconceitos. No Festival de Cinema de Triunfo (PE), ano passado, ganhou na categoria melhor curta-metragem para reflexão.
O divertido “Sonhando Passarinhos” (DF), de Bruna Carolli, fechou a sessão de curtas, mostrando uma menina que sonha em ter passarinhos iguais ao de uma vizinha. Na verdade, o que ela via eram pregadores de roupas, mas isso a torna mesmo feliz.
Antes da Mostra Competitiva de Longas, o ator recifense Aramis Trindade comentou a boa fase do cinema no estado. “Sempre fomos pioneiros, apesar dos intervalos produtivos. Hoje, vejo que essa galera está criando em um ritmo veloz, acompanhando a dimensão subjetiva na qual eles vivem. E é sempre muito bom trabalhar com amigos, gente que nós admiramos artística e afetivamente”, falou.
O artista ainda lembrou que começou a fazer cinema em 1986. Onze anos depois, atuou em “Baile Perfumado”, filme dos nordestinos Paulo Caldas e Lírio Ferreira, quando ficou conhecido em todo o Brasil. Aramis participa de cinco filmes com estreias em 2012, sendo um deles do pernambucano Breno Silveira, “Gonzaga de pai pra filho”.
Longas
O intervalo terminou com o início de “Na Quadrada das Águas Perdidas” (PE), de Wagner Miranda e Marcos Carvalho. A ficção acompanha o desafio de um catingueiro em adaptar-se à Caatinga para sobreviver, alternando momentos de luta e harmonia. Já foi exibido no Cine Ceará, ano passado, assim como no Festival de Triunfo, onde levou melhor fotografia, trilha e longa nacional.
Sem diálogo algum, o longa-metragem explora a riqueza visual do bioma e a trilha sonora, composta por músicas instrumentais de Geraldo Azevedo, do cantor e compositor Elomar e do grupo Matingueiros, do qual Wagner faz parte. Ele é músico e esta foi sua primeira experiência com cinema.
O título do filme é emprestado de uma música de Elomar, gravada em um álbum lançado no ano de 1979. “O filme é inspirado no universo cantado por Elomar”, disse Wagner. O diretor também falou que fez questão do filme ser 100% pernambucano, desde os câmeras ao tratamento final. A locação foi em Petrolina, no Sertão do estado. No entanto, o protagonista é o ator paulista Matheus Nachtergaele. “Infelizmente, a gente sabe que ainda é preciso pegar gente de fora para dar um destaque maior ao filme”, explicou.
Fechando a sessão, “Estradeiros” (PE), de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira, que ganhou na categoria melhor filme na Semana dos Realizadores de 2011, no Rio de Janeiro. O documentário retrata a vida dos nômades modernos, gente que cai na estrada e opta por um estilo alternativo de vida. O road movie acompanha personagens que vivem foram dos padrões convencionais em cidades do Brasil e América Latina.
Fonte: http://www.faxaju.com.br/
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